quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Adoçantes: saiba escolher o seu!


Oláaa pessoal! Tudo bem com vocês?

Hoje vim abordar um assunto pouco discutido nas redes sociais, e também no âmbito pessoal, e que é extremamente importante para o bem de nossa saúde. Falo dos edulcorantes, ou adoçantes, na linguagem mais popular.

Extremamente adotado em dietas com objetivo de redução de peso, os adoçantes têm ganhado uma grande vastidão no mercado dietético. Tem aparecido sempre novos tipos nas mais variadas marcas de apresentação. Atualmente, existem também uma variedade de formas dos mesmo, sendo dos tipos: gotas, saquetes de pó, grandes volumes para uso em preparações culinárias, pastilhas, e por aí vai!

Porém, nem todos os adoçantes são benéficos. Ou melhor, nem todos os adoçantes não fazem mal à saúde.

Por esse motivo, eu tenho uma preocupação pessoal sobre qual tipo de adoçante você deve estar usando, pesando que está ingerindo algo benéfico, onde, ao contrário, está apenas disfarçando um mal à sua saúde.

Há uma diversidade de tipos: 

Artificiais: sucralose, aspartame, ciclamato, sararina e acessulfamo-k.

Naturais: frutose, sorbitol, manitol e esteviosídeo.

O QUE É O ADOÇANTE


O adoçante, ou edulcorante, são substâncias naturais ou artificiais desenvolvidos com o objetivo de conferir sabor doce aos alimentos. Possuem o poder de adoçar mais elevado que a sacarose, açúcar da cana,  e são recomendados para dietas onde há restrição de açúcares, como por exemplo o público diabético e para quem está em fase de emagrecimento.

Como eu disse anteriormente, existe uma boa variedade de adoçantes.

Artificiais: sucralose, aspartame, ciclamato, sararina e acessulfamo-k.

Naturais: frutose, sorbitol, manitol e esteviosídeo.

Inicialmente sendo desenvolvidos para auxílio no tratamento da diabetes, hoje já fazem parte da dieta de grande parte da população, como parte de estratégia para diminuir o valor calórico das refeições e preparações culinárias.

Os adoçantes podem sim ser usados em dietas de redução calórica com o objetivo de emagrecimento (falo sobre emagrecimento AQUI), porém, não há resultados se não houver uma completa mudanças de hábitos alimentares, juntamente com a prática de atividade física.

Sendo assim, vamos agora aprender sobre cada um deles.

ADOÇANTES NATURAIS

(Principais)


- Frutose




De sabor agradável, o edulcorante Frutose é extraído a partir do açúcar das frutas. 

Apresenta poder edulcorante (capacidade de adoçar) 173 vezes maior que o da sacarose (açúcar da cana).

Seu valor calórico é de 4 kcal/g. Porém, uma vez que tem o poder edulcorante acentuado, a quantidade usada será menor do que se fosse usar o açúcar convencional, não necessitando assim preocupações com valor calórico.

Excesso de frutose pode causar aumento de triglicerídeos e pessoas com problemas no metabolismo de lipídios e gorduras devem evitar o consumo desse edulcorante. Estudos comprovam que o uso por tempo prolongado dificulta a absorção do cobre, mineral importante na síntese da hemoglobina (responsável pela pigmentação dos glóbulos vermelhos).

Os diabéticos devem usá-lo com moderação.


- Sorbitol




O Sorbitol é uma substância natural presente em algumas frutas, algas marinhas etc. 

Tem o poder edulcorante igual ao da sacarose (açúcar da cana) e similar ao da glicose, não sendo aconselhável a pacientes obesos e diabéticos mal controlados. 

Seu valor calórico fornece 4 kcal/grama e ao ser absorvido se transforma em frutose no organismo. A frutose é transformada em glicose no fígado, mas como o processo é lento, não altera significativamente a glicemia. 

Não provoca cáries, não é tóxico e apresenta boa estabilidade. Resiste, sem perder seu potencial adoçante, a processos de aquecimento, evaporação e cozimento. 

Dicas: doses acima de 20 a 30 gramas/dia produzem efeito diurético e acima de 30 a 70 grama/dia causam diarreia. Em algumas pessoas esses efeitos ocorrem mesmo em doses baixas, como 10 gramas/dia. O sorbitol (assim como o manitol e o xilitol) aumentam a perda de minerais pelo organismo, principalmente o cálcio, podendo também provocar a formação de cálculos. Até hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS) não atribuiu um limite para a IDA do sorbitol, deixando a critério do bom senso do usuário.


- Manitol




O Manitol tem valor calórico equivalente ao da sacarose (4 calorias/grama).

Seu poder edulcorante 70% superior ao da sacarose e apresenta um sabor levemente adocicado e refrescante. 

Não produz fermentação no organismo, mas provoca um significativo efeito laxativo quando ingerido em doses elevadas. 

Quando absorvido pelo organismo estimula a secreção de insulina ao ser parcialmente convertido em glicose, porém não causa hiperglicemia. A OMS estabelece uma dose diária máxima de 50 a 150 mg / kg de peso corpóreo.


- Esteviosídeo




Ou mais comumente chamado de Stevia, o esteviosídeo é um adoçante natural descoberto em 1905.

Extraído da stévia, uma planta originária da Serra do Amanbaí, na fronteira do Brasil com o Paraguai, é muito consumido no mundo oriental, principalmente no Japão. 

Seu poder adoçante é cerca de 200 a 300 vezes maior que o da sacarose, sendo o único adoçante de origem vegetal produzido em escala industrial. Não contem calorias.

É totalmente atóxico e seguro ao organismo, mas seu uso é pequeno devido a um sabor residual amargo que possui.

Possui baixa solubilidade em água, excelente estabilidade em sólidos e líquidos, resistência ao calor, além de modificar e realçar sabores e aromas e contribuir para diminuição da adstringência. Devido ao fato do esteviosídeo não ser fermentescível, não causa ou contribui com cárie dentária.

Estudos apontam o seu poder em suprimir o crescimento bacteriano nos dentes, regula a pressão arterial, tem poder diurético e de regular os níveis de açúcar no sangue. 

Não houveram ainda efeitos colaterais associados, por isso deve sempre que possível ser o edulcorante natural de escolha. 

O seu sabor doce não é afetado pelo aquecimento então pode ser utilizada em chás e outras bebidas, além do preparo de sobremesas em substituição ao açúcar. 

Existem diferentes marcas de estévia no mercado, cada uma com um sabor diferente. Alguns produtos oferecem a stévia associado a outros adoçantes (ex: ciclamato e sacarina) enquanto outros oferecem a stévia pura.


ADOÇANTES ARTIFICIAIS


- Sucralose





Esse adoçante é obtido a partir da cloração da sacarose, sendo o único adoçante derivado do açúcar. Apresenta um poder de doçura 600 vezes superior ao açúcar, resistindo muito bem às altas temperaturas, NÃO possuindo sabor residual amargo

O FDA / EUA aprovou seu uso com base em inúmeras pesquisas que mostraram que o adoçante não apresenta efeitos tóxicos, nem efeitos carcinogênicos, reprodutivos e neurológicos. Não é metabolizada pelo organismo, sendo eliminada por completo em 24 horas pela urina.

O sucralose não apresenta valor calórico, podendo assim ser consumido sem preocupação com contagem de calorias.

Particularmente, como adoçante artificial, é o melhor, na minha opinião. Se me pedem uma indicação, é esse que eu indico!

Esse é o que eu uso.

- Aspartame



O aspartame foi descoberto em 1965 com a tentativa de encontrar um novo medicamento para o tratamento de úlceras. No Brasil, só foi autorizada a comercialização em 1988. Quimicamente, o aspartame é um dipeptídio esterificado sintético, composto pelos aminoácidos ácido aspártico e fenilalanina. 
Durante sua ingestão, o aspartame separa-se em seus três constituintes originais: fenilalanina, ácido aspártico e metanol.


Atualmente, seu alto consumo se dá em produtos light  e diet e tem alcançado êxito por seu sabor ser semelhante ao da sacarose (açúcar da cana). O seu valor calórico é igual ao da sacarose (4 kcal/g), porém quando administrado na alimentação, devido o seu poder de adoçar 200 vezes a mais que o açúcar, é consumido em menor quantidade do que seria com o açúcar tradicional.

Contém fenilalanina, não podendo ser consumido por portadores de fenilcetonúria.

O aspartame não é estável à altas temperaturas, sofrendo assim alterações no poder edulcorante (adoçante).

O aspartame não deve ser consumido durante a gravidez, uma vez que seus compostos são capazes de ultrapassar a barreira intra-uterina e, caso o feto tenha fenilcetonúria (só é diagnosticada após o nascimento), a fenilalanina estará em contato com o mesmo. Por isso, evita-se.

Nos últimos anos o produto aspartame foi alvo de ataques sobre sua inocuidade em relação a aspectos toxicológicos. Apesar das desconfianças da comunidade, nada  foi provado ainda em relação a sua toxicidade. 

Segundo BUTCHKO (2002, p. S1-S93), a ingestão dos produtos metabolizados do aspartame (L-fenilalanina, ácido aspártico e metanol), não acarreta problemas à saúde, uma vez que, na alimentação normal, as quantidades destes três componentes são muito superiores. Por exemplo, um copo de leite desnatado contém 6 vezes mais fenilalanina e 13 vezes mais ácido aspártico, enquanto que um copo de suco de tomate contém 6 vezes mais metanol que um volume equivalente de bebida adoçado com 100% de aspartame. Além disso, a fenilalanina é um aminoácido essencial para o crescimento, manutenção e desenvolvimento da vida.

Há controvérsias de que o aspartame provoque o aparecimento de tumores cancerígenos, mudanças de humor, e perda de memória. Porém, grandes estudos continuam sendo feito nos países desenvolvidos.

Em estudos com animais, o aspartame foi associado ao desenvolvimento de leucemias e cânceres de cérebro.

Ainda é necessária a realização de estudos para que se venha comprovar o poder de toxicidade do aspartame.

Opinião pessoal: não consumo. É o adoçante que desejo distância, pois diante do que se tem vindo estudando sobre seus possíveis efeitos colaterais, é o que apresenta mais indignações por parte dos órgãos de saúde. Por mais que a quantidade de ingestão diária possa ser menor do que é referido como potencial maléfico, prefiro evitar. Meu conselho? Não consuma.


- Ciclamato de sódio




O Ciclamato de Sódio foi desenvolvido pelo pesquisador americano Michel Sveda e comercializado desde 1950. É quimicamente composto por ácido ciclo hexano sulfâmico, um derivado do petróleo, sais de sódio, cálcio e potássio.

Em 1970 foi banido dos Estados Unidos pelo potencial cancerígeno em ratos, porém outras pesquisas garantem sua segurança e o mesmo é comercializado em mais de 50 países.

É cerca de 30/40 vezes mais adoçante que o açúcar e não apresenta valor calórico. Não apresenta sabor residual, porém, em grandes concentrações pode apresentar sabor amargo.

Deve ser evitado por hipertensos, uma vez que tem combinação com o sódio.


- Acessulfamo-K




O sal de potássio do dióxido de metiloxantiazinona que recebe o nome de acessulfamo K ou acetossulfamo é um edulcorante artificial, de poder adoçante cerca de 200 vezes maior que o da sacarose, utilizado em alimentos e cosméticos. Descoberto em 1967, o acessulfame foi aprovado pelo FDA- Food and Drug Administration em 1988 para uso em bebidas, sobremesas, gomas de mascar e adoçantes de mesa.

Parece ser estável a temperaturas elevadas o que permite seu uso na preparação doméstica de alimentos. 

Entre nós é comercializado na forma de gotas. 

É completamente absorvido pelo trato gastrointestinal não sofrendo biotransformação. É excretado inalterado pela urina, apresentando uma duração de vida de cerca de 90 minutos. 

Estudos de longa duração não apresentaram evidências de probabilidade de desenvolvimento de câncer nem tampouco efeitos sobre o aparelho reprodutor. Estudos de mutagênese e teratogênese foram negativos.

É considerado um adoçante seguro e não sofre mudanças quando submetido à altas temperaturas.

- Sacarina Sódica

 


A Sacarina Sódica foi descoberta acidentalmente em 1879, sendo o primeiro adoçante artificial a ser usado desde 1901.

É um derivado da naftalina aproximadamente 400 vezes mais doce que o açúcar. Quando usada em altas concentrações, apresenta sabor amargo, por isso passou a ser associada ao Ciclamato de Sódio. 

Não apresenta valor calórico e apresenta boa estabilidade em meio ácido. Sua maior qualidade é o fato de ser estável a altas temperaturas, podendo ser utilizada em preparações quentes.

No nosso organismo ela é absorvida lentamente, mas não é metabolizada, sendo excretada de forma inalterada pelo rim. 

Apesar de estudada em humanos, poucas informações existem sobre seu uso na gestação e efeitos sobre o feto.

A preocupação do uso da Sacarina Sódica é devido ao potencial carcinogênico apresentado em algumas espécies em animais, porém, mesmo não existindo ainda confirmações em humanos quanto aos riscos do uso da Sacarina Sódica durante a gestação e possíveis complicações com o feto, deve-se evitar o seu uso durante esse período. Também não existem restrições quanto ao uso durante a amamentação, mas julga-se prudente evitá-la da mesma forma.



FINALIZAÇÃO


Então, pessoal, deixo-vos aqui com alguns esclarecimentos e detalhes sobre os edulcorantes/adoçantes.

Espero tê-los ajudado sobre qual escolha vocês devem fazer na hora de comprar o seu.

A minha indicação, sobre a preferência de qual usar, eu já dei (sucralose) =)

Espero que tenham gostado =)

Qualquer dúvida, não exitem em comentar ou me enviar uma mensagem no formulário de contato, ao lado.

Forte abraço a todos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário